Financiamento

SAIBA TUDO SOBRE FINANCIAMENTO HABITACIONAL ATRELADA À POUPANÇA

A Caixa anunciou há pouco uma nova linha de financiamento imobiliário, desta vez, com correções das parcelas pelo rendimento da poupança, percentual que varia de acordo com a taxa Selic. Essa linha de crédito segue uma nova tendência do mercado.

Quer saber como funciona? Confira essa matéria que a nossa correspondente imobiliária, Evilane Silva, escreveu pra gente.

As taxas da Caixa começam a partir de 3,35% ao ano e vão até 3,99% ao ano (a depender do perfil do cliente), mais baixas que as linhas tradicionais atreladas à Taxa Referencial (TR), atualmente zerada. A contratação da nova linha de crédito pode ser feita para compra de imóveis novos e usados, construção.

Atualmente, o rendimento da poupança corresponde a 70% da Selic ao ano. Com a taxa básica de juros a 2% ao ano, a correção das parcelas para essa linha ficaria em cerca de 1,4% ao ano. Assim, o valor total de juros mais correção da nova linha varia entre 4,75% ao ano (3,35% + 1,4%) a 5,39% ao ano.

Ou seja, com o patamar atual da taxa básica de juros, de 2% ao ano, o rendimento da caderneta está em 1,4% ao ano. Mas se a Selic estivesse acima de 8,5% ao ano, a remuneração passaria a ser de 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da TR. Portanto, hoje o cliente pagaria uma taxa que pode partir de 4,75% (3,35% mais 1,4%) ao ano na nova modalidade de crédito anunciada pela Caixa. E o produto tem uma trava de 10,16% ao ano, ou seja, o valor máximo – de 3,99% mais o rendimento de 6,17% -, que a poupança pode alcançar em um cenário de alta da Selic.

Comparação em cenários com Selic acima e abaixo de 8,5% ao ano

Taxa fixaCorreção poupança com Selic abaixo de 8,5%Total com Selic abaixo de 8,5%Correção poupança com Selic acima de 8,5%Total com Selic acima de 8,5%
3,35% a 3,99% ao ano1,4% ao ano4,75% a 5,39% ao ano6,17% ao ano9,52% a 10,16% ao ano

Os clientes que optarem pela nova linha de crédito da Caixa poderão parcelar seus imóveis novos ou usados em até 420 meses, com financiamento de no máximo 80% do valor do imóvel.

Risco x Taxas: vale a pena?

Se a taxa de juros é mais baixa, essas linhas são melhores? Calma. As linhas com taxas de juros menores também significam mais risco para o tomador de crédito.

Atualmente a caixa conta com quatro linhas de financiamento imobiliário:

Taxas prefixadas (sem correção) – Trazem menos risco para o tomador de crédito e mais risco para o banco. Por isso, são as linhas que têm os juros mais altos, a partir de 8% ao ano. A vantagem é que as prestações não variam quase nada ao longo dos anos;

Taxas de juros mais correção pela TR – Possuem taxas de juros a partir de 6,25% ao ano. São as linhas mais tradicionais, com variação de acordo com a Taxa Referencial, hoje zerada, mas que pode ser alterada durante os anos de financiamento. Se ela variar, as prestações também aumentam;

Taxas de juros atreladas ao IPCA – São as linhas com os juros mais baixos, a partir de 2,95% ao ano, mais variação da inflação IPCA. No entanto, são também as mais arriscadas para financiamentos de longo prazo como o imobiliário. Isso porque, historicamente, a inflação oscila muito mais que a TR, por exemplo, e pode ter picos que deixariam as parcelas bem mais salgadas;

Taxas de juros atreladas ao rendimento da poupança – Por fim, temos esta novidade que têm juros menores que os das linhas atreladas à TR e maiores que as linhas corrigidas pelo IPCA, a partir de 3,35% ao ano. Isso significa que também o risco dessas linhas de crédito são intermediários.

Prazo importa

A vantagem das linhas atreladas ao rendimento da poupança em relação às corrigidas pelo IPCA é que as novas linhas possuem uma espécie de teto que é 0,5% ao mês mais TR, regra antiga do rendimento da poupança.

No pior cenário possível, as linhas corrigidas pelo rendimento de poupança teriam juros de 10,2% ao ano mais TR, pela regra da poupança.

É um cenário mais previsível que aquele das linhas atreladas ao IPCA, mas mais instável que linhas atreladas à TR ou prefixadas.

Como se viu no passado, a inflação pode disparar e chegar a percentuais estratosféricos, de hiperinflação. É muito difícil, até para os melhores especialistas, prever o que pode acontecer no futuro. E quanto mais longe é esse futuro, quanto maior o prazo, mais arriscado tudo fica. As análises se tornam mais imprecisas.

Para decidir que caminho seguir, leve em consideração seu apetite ao risco e principalmente o prazo do seu financiamento.

À primeira vista, as linhas de financiamento de IPCA e poupança parecem ótimo negócio. Mas elas só se consolidariam assim se o cenário de juros baixos e inflação controlada perdurasse por muito tempo. E, como dito antes, não é possível saber se isso vai se consolidar nas próximas décadas.

Por outro lado, se você não precisa de tantos anos assim para quitar o financiamento, tanto a linha atrelada à poupança como a de inflação podem representar boas chances de economia.

Ao reduzir o prazo, você diminui também os riscos de mudanças que possam alterar significativamente suas parcelas, como alta súbita da Selic ou disparada da inflação.

Se ainda tem dúvida sobre qual linha de crédito é a melhor para você e sua família, entre em contato com a Evilane Silva, correspondente imobiliária da Brasil Imóveis! Ela poderá te ajudar a tomar melhor decisão.

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